Obsessivo-compulsivo: Preocupação excessiva com ordem, perfeição e limpeza. Podem ter pensamentos e medos indesejados e repetitivos (obsessões) e podem se envolver em comportamentos repetitivos (compulsões) para reduzir a ansiedade.
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Marisa de Abreu Psicóloga CRP 06/29493
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SUPERANDO PENSAMENTOS INVASIVOS E REPETIVOS

O comportamento compulsivo em geral acontece com a intenção da pessoa se livrar do pensamento, algo do tipo “vou fazer logo para ver se o pensamento para”, mas assim como uma criança mimada que não para quando você dá o doce que ela tanto quer o pensamento também é reforçado e se intensifica mais ainda.
Até certo ponto são normais, todos temos. O que difere do normal para o transtorno é a intensidade e prejuízos.

A importância que a pessoa dá aos pensamentos faz toda diferença. Quem nunca olhou para baixo num lugar muito alto e pensou “E se eu me jogar daqui?”. “E seu eu cortar meu dedo fora enquanto corto esse frango?” “E se eu atropelar esse pedestre que está atravessando agora na frente do meu carro?” “E se eu me envolver com o marido da minha melhor amiga?”
O interessante é que apesar de racionalmente você saber que jamais faria qualquer uma destas coisas elas podem causar muita angustia SE você der importância a eles e não os deixar simplesmente irem embora do mesmo jeito que chegaram.
A diferença entre a pessoa que se liga neles daquele que deixa ir embora é o tanto de ansiedade que pode haver em cada um.
A ansiedade fará com que a pessoa superdimensione a importância destes pensamentos.
E por sua vez a ansiedade pode ser proveniente de vivências traumáticas onde a pessoa não se viu capaz de enfrentar aquilo que de ruim que estava ocorrendo. Se sentindo indefeso a pessoa segue a vida transferindo esta sensação para as outras situações de vida.

Interessante é que estes pensamentos invasivos são acompanhados de imagens muito concretas, perfeitas e coloridas sobre a cena que passou pela cabeça.

Uma coisa que jamais deve ser feita é a interpretação literal da imagem: Jamais diga, que esse pensamento invasivo representa um desejo real da pessoa realizar o tal ato.
Ela não quer, e o pensamento surge exatamente porque ela não quer que a tal coisa aconteça. É um boicote da mente, como se ela tivesse querendo se punir por algo e criasse pensamentos de coisas que não suportaria lidar.

DADO IMPORTANTE
Pensamentos não são fatos. Não é porque você pensou que a coisa é verdadeira. Isso serve para sua desconfiança do vizinho como para os pensamentos obsessivos.
Pensamentos são ideias e não deveriam controlar nossos comportamentos. Por isso é importante desenvolver o controle de nossos pensamentos.
Não devemos considerar que todo pensamento carrega uma mensagem subliminar nem que se trate de uma intuição.
Pensamentos também não são sinais de que você está enlouquecendo. São criações, e está ótimo ser assim.
Quantas vezes você foi no medico pensando estar doente e na verdade não estava, ou até o contrário, sinto dizer.
Uma forma de tirar a força de seus pensamentos é trata-los como ideias e não como fatos.
Não tente simplesmente não pensar, não suprima nem os abafe. Fique de bem com eles e os trate como eles na verdade são, ideias que não representam a realidade.
Tentar abafar os fará voltar com mais força.
A limitação que estes pensamentos invasivos provocam podem ser enormes. Pessoas que deixam de viajar, de sair de casa, etc.

COMO LIDAR

Outra dica é questionar estes pensamentos: “Converse com eles”. Pergunte o quanto ele é real? O quanto você já pensou outras coisas parecidas e nada aconteceu?
Aceite a presença deles, e deixe-os ir.
Pratique a respiração diafragmática e passe um tempo todos os dias apenas deixando os pensamentos fluírem, não se apegar a eles, deixando-os ir embora.