Realidade como espírito para Hegel - Isto não é Filosofia
This is Not Philosophy This is Not Philosophy
173K subscribers
8,711 views
721

 Published On Premiered Oct 27, 2022

Qual é a teoria de Hegel? O que seria o espírito objetivo é o espírito subjetivo para Hegel? O que Hegel entende por espírito? Qual a relação entre história e espírito de acordo com o pensamento de Hegel?
____________________________

Aqui você alarga o pensamento, de modo intelectualmente honesto. Abaixo, você assina o mais completo Núcleo de Formação Filosófica:

💎 https://www.istonaoefilosofia.com/nuc...

🦉 FUNDADORES DO CANAL:

Vitor Lima, licenciado em Filosofia (UFRRJ)
Evelyn Lima, licenciada e mestre em Filosofia (UFRRJ)

📜 RECEBA NOSSA CARTA SEMANAL GRATUITA:

Carta aberta: https://www.istonaoefilosofia.com/carta/

📸 CANAIS DE CONTATO DO INÉF

E-mail: [email protected]
Instagram:   / istonaoefilosofia  
Telegram: https://t.me/istonaoefilosofia
____________________________

Um ponto de vista fundamental do pensamento hegeliano é o de entender a realidade não como objeto, mas como sujeito . Em outras palavras, não como substância (fixa e imutável), mas como espírito - em automovimento, em atividade, em processo.

A palavra espírito (Geist), em alemão, tem duas diferentes acepções .

Em primeiro lugar, pode ser usada para designar “mente”, quando utilizamos a palavra em oposição a “corpo”. Por exemplo, “doença mental” é escrita em alemão como Geisteskrankheit.

Em segundo lugar, pode querer dizer “espírito” em vários sentidos. Dois deles são os seguintes. Considere a expressão Zeitgeist. Ela designa o “espírito do tempo”, ou “espírito da época”, isto é, o clima intelectual de uma região ou coletividade, seja local, seja histórica. Em outras palavras, aponta para as características constitutivas de um determinado período. Outro uso para a palavra é referir-se a um dos elementos da Santa Trindade Cristã: pai, filho e espírito santo (Heilige Geist).

Quando Hegel utiliza a palavra Geist, ora quer dizer “mente”, ora quer dizer “espírito”, ora quer dizer os dois ao mesmo tempo.

A realidade, para Hegel, também é dinamicamente autogerada, inteligente e se constitui enquanto totalidade do que há. Sendo um princípio inteligente, é encarada como sujeito, não como objeto . Talvez agora a opção pela palavra “espírito” não esteja mais tão estranha. Didaticamente: a realidade é uma mente que se desenvolve em busca de se autoconhecer.

Outra característica da realidade hegeliana é que é infinita. Isso quer dizer que gera a si mesma enquanto finita e, ao mesmo tempo, supera-se constantemente. A cada geração finita de si, manifesta-se no tempo. Porém, quando considerada em sua infinitude, a realidade é chamada de absoluto .

A realidade, portanto, é uma mente em processo que se autocria e se autodesenvolve, em busca de se autoconhecer, enquanto percorre seus momentos finitos sucessivos no tempo, em direção ao infinito, isto é, ao absoluto.
____________________________
Este vídeo é um corte da aula maior, intitulada "Hegel | História da Filosofia | Prof. Vitor Lima | Aula 23", do Curso de História da Filosofia do INÉF (2020), disponível aqui:    • Hegel | História da Filosofia | Prof....  
____________________________

00:00 Introdução
00:18 Zeitgeist
00:41 Realidade como substância
01:30 Realidade como sujeito
02:00 Espírito
02:22 Metáfora da vida da plana
03:12 Processo triádico do Espírito
03:29 Filosofia hegeliana
04:03 Substânca vs. Espírito
05:48 Tudo que é real é racional, tudo o que é racional é real
02:19 Aufhebung e Aufheben (elemento especulativo)
____________________________
BIBLIOGRAFIA:

BORNHEIM, Gerd A. (org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Editora Cultrix, s/d.
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Meneses. Colaboração de Karl-Heinz Efken e José Nogueira Machado. 9º ed. Petrópolis, RJ: Vozes. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2014.
JAPIASSÚ, Hilton, MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
KENNY, Anthony. Uma nova História da Filosofia Ocidental (vol. 3) – O despertar da Filosofia Moderna. 2ª ed. Tradução de Carlos Alberto Bárbaro. Revisão de Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola, 2014.
REALE, Giovanni, ANTISERI, Dário. História da Filosofia (vol. 5) – do romantismo ao empiriocriticismo. Coleção História da Filosofia. Tradução de Ivo Storniolo. 1ª ed. [2005]. 3ª reimpressão [2018]. São Paulo: Paulus, 2018.
SINGER, Peter. Hegel – A Very Short Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2001.

show more

Share/Embed