TUMOR NA COLUNA
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 Published On Nov 8, 2018

Por definição, qualquer lesão que leve a aumento de volume é considerado um tumor. Os tumores que chamamos de “neoplasias” são lesões com células que sofreram alguma alteração genética em seus comandos de reprodução (iniciar ou encerrar esse processo) e tendem a crescer sem parar. Alguns tumores tem velocidade de crescimento mais rápida do que outros, portanto os tumores não se comportam sempre da mesma forma. Além disso, outras características tais como capacidade de invasão, delimitação, graus de atipia de suas células, facilidade de liberar células à distância (metástases), entre outras, acaba diferenciando 2 grandes grupos de tumores: os benignos e os malignos (também chamados de câncer). Dentro desses grupos, várias classificações e subclassificações são realizadas para diferenciar grupos de tumores com comportamentos diferentes. Assim, na coluna, alguns dos tipos benignos mais frequentes são os Meningeomas, Astrocitomas, Ependimomas, Neurinomas/Schwannomas, tumores ósseos, entre outros. Os malignos mais frequentes são as Metástases, Plasmocitomas, Mieloma Múltiplo e Linfomas.
Ter um tumor na coluna é grave? Sim, no geral são casos graves, pois a coluna forma um canal por onde passa a medula espinhal, e desta partem as terminações nervosas para movimentar os braços, mãos, pernas e pés, além de controlar as funções esfincterianas (controle de evacuação e diurese). Além disso, os tumores podem levar à destruição óssea e de outras estruturas de sustentação da coluna causando instabilidade que por si só também pode causar lesão neurológica irreversível. A gravidade da doença dependerá do tamanho da lesão, localização, estado neurológico do paciente, tipo do tumor (benigno ou maligno, grau de invasão, velocidade de crescimento, etc), instabilidade causada e se tem outros órgãos do corpo acometidos. Quando nos deparamos com tal lesão, lutamos contra o tempo, e a avaliação desses fatores acima mencionados tem que ser feita o mais rápido possível, para que se possa propor o tratamento mais adequado.
Como suspeitar desse diagnóstico? A apresentação mais comum dos tumores de coluna é dor, seguido por alteração neurológica progressiva (geralmente perda de força) e alterações esfincterianas. É comum o aparecimento de fraturas por infiltração óssea (“fraturas patológicas”), que pode levar a instabilidade.
Quais tratamentos são possíveis? Dependendo da determinação de todos esses fatores mencionados acima, o tratamento pode variar desde observação até mesmo cirurgias de ressecção mais radicais. Como possibilidades de cirurgia pode ser proposta uma biópsia convencional ou percutânea (minimamente invasiva), descompressões (laminectomias ou corpectomias), ressecções do tumor, ressecções da vértebra inteira acometida e fixações. Medicamentos (quimioterapia) e tratamentos com radiação (radioterapia) também estão ao alcance da medicina no momento, mas nem sempre todos esses recursos são suficientes para vencermos a doença. Os tumores na coluna não matam, mas podem deixar sequelas neurológicas irreversíveis. Por isso que é importantíssimo o diagnóstico mais precoce possível. À primeira suspeita ou detecção de tumores em outras partes do corpo o paciente deve procurar um especialista para tais avaliações.

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