Os Capuchinhos no Brasil | História breve
Franciscanos Capuchinhos do Brasil Franciscanos Capuchinhos do Brasil
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 Published On May 2, 2022

Missionários por inspiração de origem, os Capuchinhos Franceses, trazidos pelas forças invasoras da Holanda calvinista, procuraram fixar-se no Brasil, primeiro em São Luís do Maranhão (1612) e, depois, em Olinda e Recife (1642).

Os Holandeses foram expulsos pelas forças portuguesas, mas os Capuchinhos, aprovados pela “Congregação da Propagação da Fé”, criaram raízes no Brasil como “Missionários Apostólicos”, até que o Estado absolutista português, em 1698, os expulsou sob o pretexto de serem estrangeiros e de serem suspeitos de traição política!

Em 1705, os Capuchinhos, agora, de procedência italiana, são convocados pelo próprio Imperador do Brasil para retomarem os trabalhos missionários junto aos índios, abandonados à própria sorte desde a expulsão dos Padres Jesuítas. “Os Capuchinhos foram heroicos missionários e leais servidores do Estado, amados pelos índios e pelo povo simples do Interior, onde pregaram Missões Populares, realizavam desobrigas e administravam, inclusive, paróquias. Receberam um merecido título de “Pais dos Índios”, dado pelos próprios indígenas. (Capuchinhos no Brasil, 9).

Com a proclamação da República e a separação entre Igreja e Estado, a vida missionária capuchinha ganha um novo impulso. Livre das amarras estatais (Igreja do Padroado), os Missionários Capuchinhos, agora, são enviados pela própria Ordem Capuchinha cujo Ministro Geral, Frei Bernardo de Andermatt reorganizou a atividade missionária em toda a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, mediante o “Estatuto das Missões” de 1887. Em força deste Estatuto, as Províncias Capuchinhas são responsáveis por todo trabalho missionário, desde o do envio dos frades até o sustento dos mesmos. E mais, cada Província Capuchinha deveria ter sua Frente Missionária.

A Itália Capuchinha “invade” o Brasil enviando missionários em quase todos os seus Estados, a partir de 1887. Os Missionários deviam ajudar na organização da Igreja local (diocesana) e no esforço para implantar a Ordem Capuchinha mediante vocações nativas. O Capuchinho italiano toma cor brasileira, inclusive, o Capuchinho Frances – Província de Sabóia, na França - enviado ao Rio Grande do Sul para dar assistência espiritual aos migrantes italianos da Região. Assim nasceram as Províncias e Custódias Capuchinhas no Brasil que deixaram a marca de suas sandálias franciscanas nas cidades e nos sertões brasileiros, com coragem apostólica invulgar.

Fonte: ZAGONEL, Frei Carlos Albino. Capuchinhos no Brasil. Porto Alegre: Conferência dos Capuchinhos do Brasil, 2001.

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