Em 29 de junho do ano de 2002, em Belterra - Pará, a nossa saudosa Maria de Nazaré, realizava mais um arraial em devoção à São Pedro para pagar uma promessa feita ao santo. Mantendo a tradição que realizava em Belém do Pará. Neste mesmo dia nascia um carimbó que carregaria o nome de uma das mais cheirosas infusões de ervas: O CHEIRO DO PARÁ! Naquela linda noite alegrou e levou todos para a graça da roda de carimbó.
Nos próximos anos, o arraial tradicional da família continuava. O carimbó que inicialmente era dançado apenas pelas suas filhas, sobrinhas e netas passou a receber novas integrantes. Anos mais tarde começaria a introdução dos meninos, mudando a forma de apresentação, antes praiano agora mais estilizado. O decorrer dos anos foram marcados por grandes conquistas, tais como, a participação na Festa do Çairé pelo Boto Cor de Rosa, a parceira com o nosso co-irmão Carimbó do Pará que mais tarde, juntos, foram ao Festival de Parintins dançar pelo Boi Caprichoso.
A História que o Carimbó Cheiro do Pará carrega é enriquecida de marcos importantes que não apenas elevam o nome do Grupo, como à cidade de origem e a atual morada. Sendo assim, torna-se mais que dança, mais que bailados de saias e gingados. É o Amor concretizado e eternizado que surgiu de um pequeno gesto e hoje é reconhecido em diversos lugares.
Mesmo com o cenário em que o nosso País se encontra, organizamos uma apresentação virtual gravada para comemorarmos juntos a arte de dançar Carimbó, matar um pouquinho da saudade e manter firme nossa identidade cultural.
Nossa matriarca Maria de Nazaré (in memorian) estaria neste mesmo dia fazendo uma panelada de munguzá para festejar mais uma Promessa de São Pedro cumprida.
Nosso carinho as filhas Maria de Fátima, Laura Mota e Laurita Nascimento, que perpetuam o desejo da Tia Naza em colocar o grupo para dançar nas quermesses juninas.

Agradecemos aos amigos, patrocinadores, carimboleiros e carimboleiras, familiares de todos que compõem a Família Cheiro do Pará, da cidade de Belterra.