Getúlio Vargas, a era Vargas, pai dos pobres e mãe dos ricos. parte 2
Canal Conta que eu te Conto! Canal Conta que eu te Conto!
1.68K subscribers
61 views
7

 Published On Premiered Sep 16, 2024

Inscreva-se, ative as notificações e faça parte da comunidade "Conta que eu te Conto". Juntos, exploraremos o fascinante mundo da História, celebrando o conhecimento, inspirando mentes e construindo um futuro educado e consciente.
Siga-nos nas redes sociais para ficar atualizado e participar de discussões envolventes sobre História e Educação.
Nos ajude, Doando para o canal através da Chave PIX: [email protected]
Instagram: @professor.rogerio.monteiro
Facebook: @fmrogerio
Junte-se a nós no caminho do aprendizado e descoberta!
A Era Vargas corresponde ao período em que Getúlio Vargas (1882-1954) governou o Brasil em três momentos:
• Governo Provisório: 1930-1934
• Governo Constitucional: 1934-1937
• Estado Novo: 1937-1945
Getúlio Vargas chegou ao poder após a Revolução de 1930, golpe de Estado que depôs o presidente Washington Luís, no dia 24 de outubro de 1930. O movimento foi articulado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul e impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes, sob alegação de fraude eleitoral. Até 1930 a política no Brasil era conduzida pelas oligarquias de Minas Gerais e São Paulo, que se alternavam na presidência da República elegendo candidatos que defendiam seus interesses. Este sistema político ficou conhecido como "política do café com leite" ou política dos governadores.
Governo Provisório (1930-1934)
O Governo Provisório caracterizou-se pelo início do processo de centralização do poder, pela eliminação dos órgãos legislativos nos níveis federal, estadual e municipal e pela ausência de eleições. Também foram criados novos ministérios, como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde, ambos em 1930. Essas medidas, somadas à nomeação de interventores estaduais, provocaram o descontentamento de vários estados. Em particular, o estado de São Paulo, que pegou em armas contra Getúlio Vargas, num levante conhecido como a Revolução Constitucionalista de 1932. Mesmo após a derrota dos paulistas na Revolução Constitucionalista de 1932, Getúlio Vargas teve que promover eleições legislativas e convocar a Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Carta Magna, em 1934. Nessa nova Constituição, havia importantes mudanças políticas, como o voto feminino, o estabelecimento do ensino primário gratuito e obrigatório e a criação da Justiça do Trabalho.
Governo Constitucional (1934-1937)
Durante o Governo Constitucional, ocorreu a Revolta Comunista, conhecida também como Intentona Comunista, em oposição ao governo. O Partido Comunista Brasileiro estava ilegal desde 1927 e muitos de seus membros participavam da ANL (Aliança Nacional Libertadora). No entanto, esta também seria extinta e vários dos seus membros perseguidos. Alguns setores do PCB e da ANL tentaram tomar o poder através das armas, articulando a chamada Intentona Comunista, de 1935, liderada por Luís Carlos Prestes (1898-1990). O golpe não se concretizou e a repressão foi feroz, incluindo torturas e prisões ilegais por parte da polícia política chefiada por Filinto Müller (1900-1973).
Dois anos mais tarde, em 1937, Getúlio Vargas alegou que existia outra tentativa de golpe comunista, conhecida como Plano Cohen. Esse seria o pretexto para o fechamento do Congresso, cancelamento das eleições presidenciais e a anulação da Constituição de 1934. Na verdade, o plano foi realizado pelo capitão integralista e aliado de Vargas, Olímpio Mourão Filho (1900-1972), e utilizado pelo governo para justificar o estado de sítio e inaugurar o Estado Novo.
Estado Novo (1937-1945)
O Estado Novo é lembrado pela História de maneira contraditória. É considerado o período mais repressivo e ditatorial da Era Vargas, quando é proclamada a Constituição de 1937. Ao mesmo tempo, é lembrado como uma época dourada onde os direitos trabalhistas foram criados. A nova Carta Magna extinguiu os partidos políticos, instituiu o regime corporativo e acabou com a independência entre os três poderes. Por ser inspirada na Constituição polonesa de 1926 foi apelidada de "Polaca".
Ademais, a partir de novembro de 1937, Vargas impôs a censura aos meios de comunicação para impedir que a mídia divulgasse qualquer crítica ao governo. Em 1938, indignados com o rumo centralista que tomava o governo, a Ação Integralista Brasileira planejou um golpe. Liderados por Plínio Salgado (1895-1975) e Gustavo Barroso (1888-1959), os integralistas tentaram tomar o poder, mas foram derrotados e seus participantes, presos ou exilados.
No plano econômico, a Era Vargas se caracterizou por medidas de nacionalização, bem como por levar a cabo sua política trabalhista, com a concepção da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). No âmbito legislativo, estabeleceu o Código Penal e o Código de Processo Penal.

show more

Share/Embed