Published On Premiered Feb 7, 2021
Uma reportagem do que saiu no Fantástico duas semanas atrás reavivou essa discussão que é uma constante no meio da dança do ventre.
A reportagem elaborada pela Rede Globo, em nossa opinião, contou de maneira realista e positiva a trajetória de Lurdiana e seu estrelato como bailarinas de dança do ventre no Egito, e ainda contou com a incrível contribuição da mestra em cultura árabe, Marcia Dib, com uma ótima avalição sobre a dança de Lurdiana em seu contexto egípcio. Uma feliz surpresa já que, normalmente, as representações de países árabes e seus costumes na grande mídia brasileira costumam cair em estereótipos orientalistas, como já discutimos em posts e cursos doo Hunna Coletivo (@hunna.coletivo no Insta!).
Mas já que a reportagem, ainda assim, conseguiu levantar o lado crítico de praticantes de dança do ventre no Brasil, no vídeo de hoje, vamos discutir essas questões relacionadas ao discurso sobre a “vulgarização da dança do ventre” de maneira científica, através da metodologia da antropologia.
Que tal a gente pensar nisso estruturalmente? Vem com a gente!
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Pra quem quiser a lista de referências bibliográficas utilizadas para a elaboração do vídeo, aqui vai:
1 - Tese de doutorado de Roberta Salgueiro “Um longo arabesco: corpo, subjetividade e transnacionalismo a partir da dança do ventre.”, publicada em 2012 (leitura OBRIGATÓRIA pra quem quiser entender o mercado de dança do ventre brasileiro a partir desse olhar crítico).
2- Artigo “A dança do ventre e a (en)genderização da sexualidade étnica na “miscigenada” nação brasileira” de John Tofik Karam, publicado em 2010.
3 – Artigo “The Madonna-Whore Dichotomy: Men who perceive women's nurturance and sexuality as mutually exclusive endorse patriarchy and show lower relationship satisfaction.” de Orly Bareket, Rotem Kahalon, Nurit Shnabel e Peter Glick, publicado em 2018.
4 – Entrevista realizada com Lidiane Souza em setembro de 2019.
5 – Dissertação de mestrado de Naiara Assunção “The Brazilian experience of Belly Dance in Egypt: Contrasts and Paradoxes”, defendida em 2020.