EMBOLIZAÇÃO DE MIOMAS
Michel Palheta Michel Palheta
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 Published On Premiered Sep 17, 2021

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O mioma uterino é um tumor benigno muito frequente, especialmente em mulheres com idade fértil. Ele se desenvolve a partir do crescimento irregular de células do tecido muscular do útero, o miométrio. Os padrões de crescimento dos miomas, no entanto, variam, assim como os sintomas. Eles podem ser lentos, rápidos ou permanecer do mesmo tamanho por anos.
Sintomas do Mioma Uterino
Como vimos, muitas mulheres possuem mioma uterino e não sofrem os sintomas. Por isso, acabam não investigando, nem descobrindo o tumor. Por não se tratar de uma doença maligna, elas podem passar a vida toda com o mioma, sem problemas.

No entanto, especialmente nos casos de miomas maiores, os tumores podem provocar dificuldades para engravidar e sintomas como:

Dores no baixo ventre e na pelve;
Dores durante a relação sexual;
Alterações menstruais como hipermenorréia (excesso de sangramento que pode levar à anemia);
Excesso de vontade de urinar e alterações intestinais provocadas pela compressão do mioma sobre a bexiga e o intestino.
Diagnóstico do Mioma
O mioma uterino costuma ser diagnosticado durante os exames ginecológicos de rotina. O médico ginecologista pode sentir irregularidades na forma do útero, que sugerem a presença de miomas. O profissional ainda poderá solicitar os alguns exames para confirmar o diagnóstico, como:

Ultrassonografia transvaginal;
Ressonância magnética;
Histerossalpingografia
Histeroscopia.
Opções de Tratamento
As mulheres que precisam tratar o mioma uterino precisam passar por uma avaliação médica que irá definir qual o melhor método para cada paciente.

Hoje, além do tratamento clínico (que visa controlar os sintomas), é possível fazer a retirada do mioma (miomectomia) por cirurgia. Além disso, em alguns casos pode ser indicado realizar a retirada cirúrgica de todo o útero (histerectomia).
Embolização do Mioma Uterino
A embolização do mioma intrauterino é um procedimento minimamente invasivo, sem incisões, e que pode ser feito com sedação e anestesia local. Ele pode ser indicado pelo médico ginecologista e realizado por cirurgiões vasculares com treinamento em cirurgia endovascular, como já acontece com frequência no Hospital SOS Cárdio.

Nessa técnica, os médicos não retiram o mioma, mas procuram diminuir o seu tamanho. Para isso, a equipe responsável faz uma pequena punção na virilha da paciente, para ter acesso à artéria femoral. Nela, é introduzido um cateter (um cabo fino e flexível, de alta tecnologia), que é conduzido até as artérias uterinas. Uma vez que o cateter esteja na região próxima ao mioma uterino, os médicos fazem a liberação de microesferas, com o diâmetro maior ou igual aos dos vasos sanguíneos que irrigam o mioma.

As microesferas são feitas com material biocompatível e irão bloquear o fornecimento de sangue para o mioma, que deixará de receber oxigênio e nutrientes. Elas são fixas e não circulam pelo corpo. Dessa forma, as células do tumor param de crescer e podem até regredir – aliviando significativamente os sintomas.
Recuperação
A recuperação após a embolização do mioma uterino é bastante rápida. As pacientes devem passar um período de 24 a 48 horas no hospital, em observação, e retornam para a rotina em poucos dias.

Os métodos cirúrgicos, no entanto, são procedimentos invasivos e, em alguns casos, podem comprometer os planos de engravidar de muitas pacientes em idade fértil. Algumas mulheres com estado de saúde delicado não são indicadas para esse tipo de procedimento. Nesses casos, a embolização do mioma uterino pode ser a solução. O mesmo se aplica a mulheres que não desejam ser submetidas à cirurgia ou remoção do útero.

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