RAMATÍS E AYAHUASCA NA UMBANDA?!?
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 Published On Sep 18, 2024

Por AJ Chagas
No sentido agregador, sem querer entrar em polêmica, e apenas buscando contribuir ao assunto, pois cada um sabe daquilo que lhe convém, do que lhe é saudável e, principalmente do que lhe toca ao coração, sempre é oportuno oferecer reflexão a um tema tão sensível. E Ramatis deixou algumas contribuições no que concebe o seu entendimento no uso de alcaloides; em especial no que tange ao aspecto espiritual.
Ramatis já na década de 50 fazia providencial alerta quanto ao uso do cigarro (nicotina), no qual o classificava de patético, pela intenção humana em "obter ilusão de calma, inspiração e coordenação de raciocínio para o trabalho".
No que questionou, inclusive, a tal aflição humana e dificuldade de pensar num pré-condicionamento do hábito do fumo, quando da sua ausência ou falta.
E é de se atentar que, naquela época, parte da medicina, cooptada pelo marketing poderoso, chegava a endossar o uso do cigarro nas "terapêuticas" de ocasião.(https://hypescience.com/10-inacredita...)
E que atualmente não anda nada diferente:
http://nzn.me/a220690
Ramatis aprofundou a questão dos vícios, inferindo com segurança, em assertiva postura, de que não se deve auferir "sensibilidades psíquicas condicionais, através de substâncias perniciosas, como os alcalóides (alguns exemplos conhecidos: cocaína da Coca; heroína; morfina, tebaina, codeína da Papoula (opio); psilocibina do cogumelo; harmina e harmalina dos cipós mariri ou jagube), que deprimem as energias vitais, como o quimismo da morfina, marijuana (cânhamo), cocaína, maconha e outros barbitúricos (fármacos do grupo de substâncias depressoras do sistema nervoso central, usados, dentre outros fins, como hipnóticos), que desatam quadros mórbidos no êxtase opressivo dos opiômanos (vícios como o do ópio)".
Reforçou que deve-se ater, tão-somente, ao uso do que chamou de "extractus vegetalis", pois é o que "enriquece e não deprime o organismo psíquico-vital", predispondo aos "raciocínios equilibrados ou superiores".
Desta forma é prudente que se avalie as mensagens que às vezes são atribuídas a Ramatis, no sentido de que não contradigam ou estabeleçam confronto ao que já foi anteriormente ofertado com informações suficientes ao esclarecimento ao tema, pelo próprio Ramatís, pelo intercâmbio do médium que mais sintonia e proximidade conseguiu estabelecer, na estreiteza de um laço que é milenar entre ambos.
Outrora Ramatis esclareceu, também, que o modus operandi ou o formato da ascensão da consciência é pelo esforço de melhoria interna e prática intensa do evangelho.
Esta constante e autêntica reforma íntima, inclusive na ressalva de estímulos precipitados ou induzidos do despertamento da energia Kundalini, no burilamento e elevação moral do ser, naturalmente deve impulsionar a estágios conscienciais elevados na aproximação com o Divino e com o que é considerado oculto; sem que o modo "forçado", nos ditos estados alterados, seja preciso.
Além deste olhar cristalino e reservado sobre a essência do desdobramento à patamares ou planos de consciência ou a realidades astrais, pois cada um acessa aquilo que seu grau evolutivo permite, Ramatis oferece outras "ferramentas" mais seguras, duradouras e harmônicas para o buscador.
A meditação, o yoga, as técnicas respiratórias como a Vipassana, os mantras, os estudos iniciáticos, etc, oferecem amplo conteúdo de elevação consciencial e plena liberdade de atuação, pela amplitude de saber e compreensão adquiridos.
O que, infelizmente, ao homem atual, pela pressa, pelo modismo, pelas frivolidades da vida, tende a renegar tais prudentes ofertas; buscando vias consideradas instantâneas, rápidas e sem o mínimo de preparo e discernimento, nos divertidos encontros de fim de semana, pra "relaxar" e se conectar com o que proclama de "conexões" do seu Eu com as esferas que julga superiores ou elevadas.
E nesta toada toda sorte de estímulos externos, na busca dessas sensações, considera válido e aceito, pois não oferecer reflexão profunda e compromissada a si mesmo já faz parte da jornada destes locais e momentos de encontro, na busca sensória das viagens e prazeres pelos planos astralinos, mas não libertos do mundo de Maya.
Não que possamos generalizar tais usos, até porque no Xamanismo, por exemplo, foi e é ingrediente cultural, mas reservado a momentos e situações de suas sagradas liturgias, e direcionado àqueles (como os Pajés) que já possuem certo grau de percepção (iniciática) e interação na busca pela ligação com o Alto.
Não raro, tais usos levam a porta da dependência e, quando aberta, os processos obsediosos tornam-se uma constante e compulsivos ao desavisado.
∆JC

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