As estruturas organizacionais são sistemas hierárquicos que definem a forma como as atividades são direcionadas para atingir os objetivos de uma organização. Elas delineiam a distribuição de responsabilidades, a supervisão, a coordenação e a comunicação dentro da empresa.

Existem diversos tipos de estruturas organizacionais, como:
Estrutura Funcional: Agrupa os funcionários com base em suas funções ou especialidades, como marketing, finanças e recursos humanos.
Estrutura Divisional: Organiza a empresa em unidades semi-autônomas ou divisões, cada uma responsável por um produto, serviço ou mercado específico.
Estrutura Matricial: Combina elementos das estruturas funcional e divisional, permitindo uma dupla cadeia de comando e promovendo a colaboração entre diferentes áreas.
Estrutura em Rede: Centra-se em parcerias e alianças externas, focando na flexibilidade e adaptabilidade através de redes de fornecedores e colaboradores.

Ao longo dos anos, as estruturas organizacionais evoluíram, adaptaram-se às mudanças no ambiente de negócios e nas demandas do mercado. A globalização, a tecnologia, e a necessidade de maior agilidade e inovação levaram ao desenvolvimento de novas formas organizacionais que priorizam a colaboração, a flexibilidade e a rapidez na tomada de decisões. No entanto, essa evolução das estruturas internas das empresas não teve um impacto correspondente na forma como os currículos são elaborados e utilizados no processo de recrutamento.

Embora as organizações tenham se tornado mais dinâmicas e complexas, o CV permanece um elemento estático e tradicional no processo de seleção. Ainda que métodos modernos, como perfis em redes sociais profissionais e entrevistas baseadas em competências, estejam ganhando espaço, o CV continua a ser uma ferramenta fundamental e amplamente utilizada para avaliar candidatos.

O Curriculum Vitae (CV) continua sendo um documento essencial no processo de recrutamento e seleção, apesar de não ter acompanhado a mesma evolução observada nas estruturas organizacionais.

Um CV bem redigido, bem formatado, claro/conciso e zero de erros, pode ser a diferença entre ser chamado para uma entrevista ou ser descartado no processo de seleção.

Embora a evolução tecnológica e as mudanças nas práticas de recrutamento impactam a forma como avaliamos candidatos(as), é improvável que o Curriculum Vitae (CV) desapareça no futuro próximo e distante. Aqui estão algumas razões:

1. Tradição e Normas Culturais: O CV é uma tradição estabelecida e culturalmente aceita em muitos países. Mesmo com a ascensão de perfis online e redes sociais profissionais, o CV ainda é amplamente utilizado.

2. Documentação Formal: O CV fornece uma documentação formal e estruturada das qualificações, experiências e habilidades de um candidato. Isso é útil para triagem inicial e comparação entre candidatos.

3. Processos de Triagem Automatizados: Muitas empresas usam sistemas de rastreamento de candidatos (ATS) para triar currículos automaticamente. Esses sistemas dependem de formatos padronizados, como o CV.

4. Variedade de Processos, Operações e Funções: Em algumas profissões e setores, o CV é especialmente relevante. Por exemplo, em acadêmicos, pesquisa, medicina e direito, o CV é essencial.

5. Avaliação Holística: O CV permite uma visão geral das habilidades, experiências e realizações de um candidato(a). Isso é valioso para os recrutadores.

No entanto, é possível que o formato do CV evolua. Por exemplo, podemos ver mais ênfase em perfis digitais, portfólios online e vídeos de apresentação. A combinação de formatos tradicionais e inovadores já tem sido o caminho a seguir.