O caminho das Irmãs de Santa Catarina V. M., Mártires de Vármia
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 Published On Premiered Apr 3, 2024

Somos Irmãs da Congregação de Santa Catarina, Virgem Mártir, e em nossa família religiosa temos quinze mulheres extraordinárias que há 80 anos morreram, mas sua atitude é imortal e relevante em nossos dias. Elas morreram após a entrada do Exército Vermelho em Vármia e Masuria. O Exército Vermelho marchou em direção a Berlim e causou morte e destruição em toda parte. Essas irmãs morreram de esgotamento, foram maltratadas, defenderam as pessoas próximas, ficaram ao lado do leito dos doentes e algumas delas foram exiladas na Rússia. Lá, o extraordinário não está no fato de terem realizado ações grandiosas e espetaculares, mas no fato de terem sido capazes de transcender a si mesmas em nome dos valores que defendiam fielmente.
O exército soviético por primeiro encontrou as irmãs do hospital da cidade de Allenstein (atual Olsztyn). Elas ficaram com os doentes: crianças e adultos, que não puderam ser removidos. Lá, elas sofreram uma morte cruel. Algumas irmãs desse hospital, depois de serem estupradas e espancadas, foram enviadas para a Rússia, onde continuaram a cuidar dos doentes deportados até o fim de suas vidas.
Duas outras irmãs de Rastenburg (hoje Kętrzyn) ficaram na paróquia porque não queriam abandonar as pessoas que estavam com medo e não tinham para onde fugir. Elas foram mortas cruelmente pelas ruas da cidade.
Outras três irmãs são de Heilsberg (hoje Lidzbark Warmiński). Elas acolheram um grande grupo de refugiados em seu convento e, quando o exército soviético entrou no convento, essas irmãs foram duramente espancadas e maltratadas pelos soldados que tentaram estuprá-las. Elas se defenderam mutuamente e por fim foram baleadas.
As três irmãs de Wormditt (hoje Orneta) estavam gravemente doentes com tuberculose. Quando os soldados soviéticos entraram no hospital onde essas irmãs estavam, foram espancadas, estupradas e baleadas, mas o extraordinário é que elas ficaram sofrendo por algumas semanas, porque não havia analgésicos, perdoaram seus torturadores e partiram confiantes e em paz para a eternidade.
Outra irmã, durante uma saída forçada em Danzica, protegeu e defendeu do estupro as irmãs mais jovens. Ela não recuou quando foi espancada e morreu defendendo um outro ser humano.
E, finalmente, a última dessas irmãs: estava no trem com outros refugiados e, quando um soldado soviético a viu, tentou estuprá-la na presença de todos. Defendeu-se longamente, foi espancada com violência e o que surpreende é que já em agonia naquele vagão, rezou em voz alta por seu perseguidor e o perdoou. Morreu na estação do trem em Schneidemühl (atual Piła).
Foram mulheres criativas que souberam olhar a realidade de uma forma mais ampla. Foram capazes de transcender a si mesmas em nome do amor. Sofreram e morreram como mártires, porque foram fiéis ao Amor de suas vidas. Para nós, hoje, são muito amadas e fonte de inspiração. Além disso, são próximas de nós e também sentimos seu auxílio e intercessão. Elas nos deram um exemplo de como o ser humano pode superar-se e por amor aos seus valores doar a própria vida por um ser humano que precisa de ajuda.

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