Deau - O N (Áudio)
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 Published On Premiered Oct 3, 2021

“O N - Faixa nº 11 do álbum “Cabeça a Prémio” (Deau, 2021).

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Créditos (Áudio):
Letra e Voz: Deau
Produtor: DJ Player
Compositor: Nuno Loureiro
Gravação, Mistura e Masterização: D-One

Artwork: Projeto Ruído e Ivan Alves

Letra:

Passos na lama de água benta,
Deus não abençoa, a gente inventa.
Se o grande perder o N, aguenta,
Não te preocupes, ele orienta.
Passos na lama de água benta,
Deus não abençoa, a gente inventa.
Se o grande perder o N, aguenta,
Não te preocupes.


Diziam orienta-te,
E eu sem barba para o ramo
Na flor da idade.
Bala na roleta,
Roda a sorte
E faz o tambor tocar.
Meu irmão, tu aguenta-te,
Não calques quem tens ao pé na estrada.
Um brinde a quem a partida deixou saudade,
E de alguma forma a memória ainda agarra.
O que exprimo tem eco em todos eles,
Brincadeiras de mau gosto,
Nheck! Tem sabor azedo e dá pesadelos.
Tanto mau-olhado faz cagar cabelos
E no entanto há quem fique careca com a merda deles.
Valha-nos Deus, quem vá entendê-los?
Mas vê como fica bem na foto o mau da fita.
Nada na beira do prato,
Aqui não comem para acabar modelos,
Toque de Midas mata à fome
E a nossa cara nunca foi bonita.
Para quem deseja a nossa desgraça,
Que nunca lhes falte nada, Sucesso.
Que eu não vou roubar nenhum dos meus
Nem quem lhes pertence,
Quando não tiver em casa, confesso.
Cresci no meio da correria, e se arrefece.
Não é fácil manter a passada, nada.
Mano, eu vim mexer na merda, larga,
Não quero nada de mão beijada.

REFRÃO:
Levanto a cabeça,
Garganta no fio da navalha.
Cartas na mesa,
Não tremo e o frio corta-me a cara.
Tudo na mesma,
Chumbo na zona da cárie
Essa morte é lenta.
Anestesia na dor,
Não é caridade.

Eu pensava que a solução
Era aplicar-me na lição
E ser excepção à regra.
Mais tarde percebi que esse esforço era em vão
Ao fim ao cabo tinha era a função inversa.
Era,
O que o sistema precisa para te fazerem sentir
Que se alguém conseguiu, tu também consegues.
E quando erra, em vez de corrigirem a lacuna,
Dizem-te que a culpa é tua
E se não fizeste melhor,
É porque não queres.
Mas quando for assim pergunta mesmo:
Desculpe, eu não lhe ocupo muito tempo.
Se há quem nasça com o cú virado para a lua
E acabe num buraco negro,
Qual acha que é a tendência
De quem tem o universo virado do avesso?
Farta a quem carda
Desde que acorda sem ver a cor da tarde.
Tocar a mesma nota até que a corda do acorde se parte.
Raios parta a corte que engorda com o nosso prato,
Suar pela côdea e glória serôdia
Ide para o caralho.
Não devia ser proeza, mas procedimento,
Matar a sede na fonte do rendimento.
Não me surpreende o julgamento,
No zoológico eu não vejo a fera,
Mas uma boa jaula para a ter dentro.
4400 é a marca do carimbo.
Saliva de rafeiro, o cuspo é paliativo.
Tirei as rodas, melhorei o equilíbrio,
Continuo com estrica às voltas
A cantar como castigo:
Sem mãos no volante, mamã, eih!,
A rir com os dentes todos, mamã hei-de,
Dar voltas para se me apetecer
Meter o sorriso amarelo em ouro, mama hater.
(x2)
(REFRÃO)

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