ABRINDO O PEITO PRAS CASA

Passo por ruano
O lombilho,
toco o tordilho
Por diante...
Que logo ali,
mais a frente
Surge o rincão
Da minha gente
Onde pra nós
O vizinho
É o mais próximo
Parente

As chaminés com
Fumaças...
São como preces
ao céu,
Por lá se “saca”
o chapéu
por ser respeito
Primeiro
Há um adeus
De esperança
na voz de todo
O fronteiro.

Abrindo o peito
Me arranco
Viajando co’a
Noite longa
saudade é sempre
Milonga,
Milonga é sempre
Galpão
No chão batido
Da alma
... Cantiga do
Coração...

Encurto a volta
Pras casa
Cruzando a sanga
No raso
E vejo
Não por acaso
Ao fundo
Na imagem crua
Uma tropilha
De estrelas
Banhando um
Quarto de lua

Interiorano
Costume
Na mansidão
Do caminho
De ir versejando
Sozinho
do campo levo
Uma flor,
Pr’aos olhos
Do meu amor
Brilharem
Com meu carinho.

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